Quando pensamos em um RH do Futuro imaginamos algo distante, contudo, o RH do Futuro está cada vez mais presente. Sei que pode parecer contraditório, mas estamos vivenciando diariamente o futuro da área de Recursos Humanos.
Deixa-me explicar: Quando analisamos as tendências e práticas das empresas consideradas modernas e atuais, observamos muita evolução nesses últimos anos. E essa evolução está em um ritmo cada vez mais acelerado.
As políticas, programas e benefícios que anteriormente eram burocráticos e levavam anos para serem definidos, hoje seguem com revisões e adequações constantes, quase que diárias. Podemos dizer que essas mudanças foram geradas principalmente por conta do saldo gerado pela vivência em uma pandemia como vivemos nos últimos dois anos, o que levou as empresas a se adaptarem e buscarem flexibilização para suas rotinas.
Arrisco ainda dizer que esses dois pontos, adaptação e flexibilização, foram determinantes para que as pessoas enfrentassem os reflexos dessa crise pelo mundo todo. No contexto do RH, muitas adequações foram necessárias gerando sim desafios, mas sobretudo muita evolução.
Sendo assim, posso afirmar que o Futuro do RH veio para ficar. Na Recursus não foi diferente, a flexibilização no ambiente de trabalho como home-office e jornadas hibridas, uma comunicação com mais fluidez e o cuidado com a saúde e bem-estar foram estratégias adotadas pensando em nossos profissionais e nessa nova dinâmica.
Os investimentos em tecnologia também seguem como ponto central desse RH do futuro que está voltado ao estratégico e digital, o que leva as empresas a pensarem ainda mais em ferramentas que apoiem em uma melhor gestão e capacitação de seus times, tornando-os cada vez mais engajados e conectados aos propósitos da empresa.
Para Denise Dutra, Doutora em Administração, Consultora, Coach, Professora Convidada da FGV e colunista do MIT Technology Review do Brasil, em seu texto - O RH do Futuro ou Futuro do RH, “A Transformação Digital não depende somente de investimento em tecnologia, mas é fundamentalmente uma questão de transformação cultural, de mudar o mindset de todas as pessoas que contribuem para os resultados organizacionais. Da mesma forma, o desafio da inovação depende de uma cultura que favoreça a criatividade, a disposição para enfrentar risco, bem como exige um ambiente de segurança psicológica. Em síntese, tudo depende da forma de pensar e de perceber o mundo das pessoas que são parte da organização. Por isso, a área de Gestão de Pessoas (ainda chamada de Recursos Humanos) é cada vez mais estratégica para a superação dos desafios decorrentes da Transformação Digital e da Inovação"
O que se percebe com essa transformação digital é o desafio à adequação dessa nova cultura organizacional. A revisão contínua diante desse cenário global se faz necessária e as empresas ainda estão aprendendo novas tecnologias, novas competências e a gerenciar e lidar com as equipes à distância, o que tem gerado também uma necessidade de profissionais mais capacitados, maior autonomia dos líderes e estruturas mais descentralizadas.
Pensando ainda no termo RH do futuro, podemos citar algumas novas práticas que já estão em alta e avançam em ritmo acelerado para o futuro dentro de muitas organizações. São elas: tecnologia, Inteligência Artificial, e Automatização.
Já ouviu falar de People analytics? O People analytics ou análise de pessoas é um processo de coleta e análise de dados voltado para a gestão de pessoas em empresas. O conceito nasce a partir da ideia de big data, que consiste na coleta, armazenamento e análise de um volume imenso de dados. Com tantas informações disponíveis ou passíveis de serem coletadas, as empresas têm identificado oportunidades de aproveitá-las para melhorar seus processos.
O que também é conhecido como business intelligence (BI), ou inteligência de mercado.
O uso da tecnologia também está empregada no mundo todo, pelos meios de comunicação, como WhatsApp, redes sociais, Internet das coisas, etc. E no RH essa evolução não pode ser diferente. As novas ferramentas não podem ser vistas como ameaça para a área, pelo contrário, elas geram ganhos, facilidades e muitos benefícios aos colaboradores e à empresa.
A SambaTech e Samba Digital, realizou uma pesquisa em 2021 que constatou que 62,5% das empresas brasileiras vão investir entre 10% e 30% do faturamento em transformação digital. Ainda sobre a pesquisa, os recursos estão sendo destinados em tecnologias como: analytics (62%), computação em nuvem (46%), arquitetura de sistemas (40%), Inteligência Artificial (38%) e biometria facial (8%).
O uso dessas tecnologias já pode ser observado em nossos processos de atração de talentos, na segurança e acesso as informações críticas, como armazenamento dos dados do Departamento Pessoal em nuvem, aplicativos do colaborador, plataforma de educação corporativa, etc...
O desafio da Recursus e das empresas em geral, sem dúvidas, é romper com as barreiras dessa transformação digital trabalhando a cultura organizacional, o mindset digital, que traduzirá esses novos hábitos e que permitirá essa vivência do futuro.
Texto escrito por Suemi Toguti
Fontes
https://mittechreview.com.br/o-rh-do-futuro-ou-o-futuro-do-rh/
https://mittechreview.com.br/voce-esta-preparado-para-o-mercado-de-trabalho-do-futuro/